Leia abaixo a matéria na íntegra:
Depois de alcançar maturidade na gestão do negócio, os investimentos em tecnologia nos supermercados nos dois últimos anos foram direcionados principalmente para ganhos de produtividade e redução de custo. Agora, começam a mirar a melhoria da experiência de compra do cliente.
A rede Confiança Supermercados, com sede em Bauru (SP), é um exemplo. "A gente vive implantando coisas para a retaguarda, mas o foco agora é o cliente", afirma o gerente de tecnologia da informação, Fábio Luiz de Oliveira.
Com 11 lojas distribuídas pelo interior do Estado, além de um centro de distribuição e um centro administrativo, a rede emprega mais de 3,3 mil colaboradores. A aposta na evolução da experiência de compra do cliente começou com a implantação de e-commerce, com entrega em casa ou sistema drive-thru para o cliente recolher suas compras em loja.
Em 2016, foi a vez de iniciar a instalação do sistema de caixas de auto-atendimento sem auxílio de operadores (self-checkout), implantado pela Visual Mix. Agora está sendo instalada uma solução de CRM da Vórtice, de Ribeirão Preto (SP), para tratamento mais individualizado dos clientes. Hoje são capturados dados durante promoções, mas as informações ainda não são trabalhadas. "Tenho de oferecer produtos que fazem parte de sua cesta de compras", diz.
A análise de novas tecnologias para oferecer mais comodidade para o cliente inclui de soluções para melhorar as filas, como retiradas de senhas via mobile, até soluções de checkouts móveis para atendimento do consumidor em qualquer lugar.
Segundo Tony Godinho, gerente de TI dos Supermercados São Roque, com sede em São Roque (SP), os caixas de autoatendimento começam a ser instalados no próximo mês em uma loja que está em reforma.
A rede conta com 19 lojas, 90 checkouts, cerca de 2,5 mil funcionários e centro de distribuição próprio. Além da comodidade, o foco é a redução de custos. "A cada quatro caixas, precisamos de um operador só. Estamos priorizando investimentos em economia e otimização do tempo", afirma Godinho. Um exemplo é a ferramenta para redução de ruptura, a temida falta de mercadoria na loja.
Agora cada repositor tem um coletor de dados que indica qual mercadoria vai faltar, de acordo com o giro de vendas, capaz de avisá-lo quando há necessidade de repor o produto na gôndola. Outro exemplo é a adoção de um software para melhorar o desempenho da operação logística no CD, de onde saem cerca de 20 mil caixas e onde entram até 60 mil caixas por dia, movimentadas por 15 separadores em uma área de 7 mil m2.
As soluções para cortar gastos, claro, continuam em alta no segmento. A Coop, maior cooperativa de consumo da América Latina, reduziu em 24% as perdas não identificadas - como divergência entre estoque real e o registrado e furtos - em produtos múltiplos, a exemplo de água mineral, refrigerante, leite e cerveja. A empresa registrou índice geral de perdas de 1,69% em 2017, com 44% do total não identificadas.
O responsável foi o sistema de monitoramento de frente de caixa da sueca Gunnebo, que atua integrado ao software de automação comercial e reúne imagens, vídeos e áudios produzidos no PDV para promover contagem cruzada com o que foi efetivamente registrado, gerando alertas em caso de inconformidades. O mesmo princípio embasa uma nova solução de monitoramento do recebimento de mercadorias em docas e armazéns, descreve o consultor de desenvolvimento de negócios da Gunnebo, Marcos Passarella.
Fonte da notícia: http://www.valor.com.br/empresas/5524287/melhor-experiencia-de-compra-e-o-foco-dos-investimentos